sábado, 2 de agosto de 2008

PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA UTI

PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA UTI DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA1- INTRODUÇÃOO ato de planejar é considerado uma das principais atividades da administração e que serve de base para as várias funções administrativas e é um processo de definir objetivos, atividades e recursos.MAXIMIANO, 1995, conceitua administrar da seguinte maneira:"Administrar é um processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação de recursos visando a realização de objetivos".Segundo citação feita por Kurcgant, 1991, podemos conceituar planejamento da seguinte forma:"Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais os objetivos que devem ser atingidos. É um modelo teórico para a ação futura". (CHIAVENATO, 1985).É na busca do exercício do ato de planejar, almejando sempre um melhor desempenho profissional que estamos realizando este trabalho, a fim de que o aprendizado do estágio se complete através desta prática. O estágio foi realizado no período de 11/03/2002 a 04/04/0002, na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.2- CONHECIMENTO DA UNIDADE COMO UM TODOA Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é um setor que recebe pacientes graves, que necessitam de cuidados intensivos. Compreendem os cuidados intensivos: a monitorização, cuidado integral, observação constante pela equipe de enfermagem e plantão médico contínuo, a disposição de recursos de emergência e de equipe técnica capacitada para atender às necessidades desses pacientes. Entre os pacientes que são atendidos na unidade, incluem-se também pessoas vindas do centro cirúrgico do hospital, que sofreram grandes cirurgias, e passam ali as horas mais importantes de sua recuperação pós-cirúrgica. Para melhor compreensão do funcionamento e disposição da unidade, segue abaixo uma descrição do ambiente.A entrada da UTI é uma grande porta de madeira. À direta temos um cômodo pequeno que funciona como repouso da enfermagem. Este cômodo possui um beliche e um armário com várias portas onde os funcionários guardam seus pertences e os mantém trancados. Ao fundo do cômodo, funciona um banheiro feminino pequeno. Tanto o banheiro quanto o cômodo de repouso não possuem janelas, portanto não têm ventilação.Segue-se da entrada, um corredor com uma segunda porta e após esta, à direita, fica uma pequena copa, com pia, bebedouro e filtro. Ali são preparados os cafezinhos para os funcionários. À direita da copa temos uma pequena sala, onde se tem um banco acolchoado, um armário e um sanitário masculino aos fundos, também sem ventilação. Na seqüência da copa há uma sala com uma mesa e uma meia parede de divisória, uma mesa com bancos onde são servidos os lanches para a equipe de enfermagem.No final do corredor mencionado tem uma pequena sala com duas camas, ventilador de teto e televisão onde os residentes e internos descansam, estudam, conversam e cochilam. À frente dessa sala, tem-se um banco e duas tábuas na parede divisória, onde se guardam bolsas e materiais de estagiários.A referida UTI conta hoje com 8 leitos para pacientes graves de patologias diversas e uma unidade cardiológica com 4 leitos, para os pacientes vindos de cirurgias cardíacas.Cada leito possui, individualmente, sistema de canalização de ar comprimido, O2 e vácuo, 2 criados laterais com gaveta (onde se guarda coxins, gazes ou sondas utilizadas em procedimentos daquele paciente), uma luminária de teto e uma móvel, um suporte para monitor cardíaco, um monitor cardíaco, 5 tomadas e um suporte para soro. Os leitos são separados por cortinas de pano que são lavadas uma vez por semana. Dentre os 8 leitos, 6 deles possuem uma janela de vidro na parede que não ventilam, pois dão fundo para um corredor fechado.Os leitos da unidade cardiológica possuem os mesmos itens e recursos dos primeiros leitos mencionados, porém tem dois criados a menos na unidade e as janelas maiores e ventilam, pois dão vista para a rua. Uma de suas paredes tem um visor de vidro.O posto de enfermagem fica localizado em frente aos 8 leitos da unidade geral, de maneira que permite uma boa visualização dos pacientes dali. No posto tem o balcão principal que é usado para fazer prescrições e anotações em geral. Em baixo desse balcão, nas portas, guardam-se impressos em geral e as papeletas dos pacientes falecidos, antes de dar o destino adequado a elas. Em cima fica o telefone e um computador que é pouco usado, e serve apenas para cadastro e controle de pacientes atendidos por convênio ou particular. O balcão não possui gavetas, por isso uma bandeja improvisada é usada para guardar rascunhos, papel carbono, grampeador, calculadora, carimbos e outros utilitários. Nesse mesmo balcão temos as divisórias para guarda de prontuários, numeradas de 1 a 8 conforme os leitos da unidade. Os medicamentos são preparados em um balcão de mármore localizado atrás do balcão do posto de enfermagem. Em cima deste mármore são guardados dentro de uma bandeja, materiais como: Algodão, álcool, cubas, copinhos, etc. Abaixo do mármore, encontra-se um armário de madeira utilizado para a guarda de comadres, compadres, etc. Nas gavetas desse armário encontram-se coxins, gazes e ataduras estéreis, que são repostos diariamente. Do lado direito desse mármore encontra-se uma pia pequena usada para lavagem de mãos. Em baixo da pia, no armário, guardam-se materiais de limpeza. Um cesto de lixo grande fica abaixo do porta-papel-toalha. Do lado esquerdo do mármore um outro armário é usado para guardar as roupas e lençóis (parte inferior do armário) e materiais estéreis, para curativo, espátulas para higiene oral, materiais em látex, etc. (parte superior do armário). Na unidade cardiológica os medicamentos são preparados em um balcão menor localizado na entrada da mesma. Os prontuários são guardados no armário acima desse balcão. Uma pia menor é utilizada para a lavagem de mãos.O expurgo é um pequeno cômodo dividido ao meio por uma parede separando de um banheiro. Tem uma pia com baldes de metal em cima, e um armário em baixo. No armário são guardados sacos plásticos, baldes, frascos de vidro. Na parede lateral guarda-se papel higiênico num suporte de madeira. O banheiro tem um vaso sanitário, um cesto de lixo e um chuveiro e dá continuidade a um corredor fino onde se guardam materiais e equipamentos como carrinhos, cadeiras de roda fora de uso, máquinas estragadas, escadinha, rodo, material e produtos de limpeza, entre outras coisas. Os materiais metálicos sujos são colocados no corredor externo, onde o pessoal da CME os recolhe posteriormente.3- PROBLEMATIZAÇÃODurante a permanência no estágio foi possível notar inúmeros problemas tanto administrativos quanto técnicos, além dos problemas de estrutura física.Segue abaixo a lista dos principais problemas encontrados:Administrativos:- Não há respiradores bons em quantidade suficiente;- O número de estetoscópios e esfignomanômetros é insuficiente para a quantidade de pacientes da unidade;- O ar condicionado não funciona;- As portas dos armários deveriam ser trocadas, visto que estão em mau estado de conservação, manchadas e com déficit de puxadores.- Três leitos estão com suas luminárias móveis quebradas;- Os suportes para soro estão enferrujados em péssimo estado de conservação.Técnicos:- O tratamento dado aos pacientes por parte da equipe não é adequado, pois os pacientes são freqüentemente tratados como se fossem uma patologia ou um leito, principalmente na hora da visita médica.- Na passagem da visita médica, alguns médicos tocam os pacientes um após o outro sem lavar as mãos.- O número de enfermeiras é inadequado para a quantidade de pacientes;- O carrinho de curativos não sofre desinfecção após a realização dos curativos de cada paciente;- Algumas paredes estão danificadas e com manchas;- A funcionária responsável pela limpeza não trabalha exclusivamente na UTI;- A funcionária da limpeza não utiliza as técnicas corretas de higienização do ambiente.Físicos:- Falta uma sala para a realização de reuniões entre a equipe assistencial e também entre os estudantes, já que o local é campo de pesquisa.- Falta uma sala para guarda de equipamentos, já que muitos são colocados nos cantos da parede, por falta de um local propício para sua guarda;- Não há um local adequado para o preparo das traquéias;- O local de construção do expurgo é inadequado, pois fica exatamente ao lado de um dos leitos, é pequeno demais e usado inadequadamente;- O expurgo é usado para guardar um respirador MA-1 que se encontra fora de uso;- Não há um banheiro para pacientes que podem deambular; os mesmos são submetidos igualmente ao uso de comadres, compadres e banhos no leito desnecessariamente;- As salas usadas para repouso não têm janela;- Deveria haver uma sala para visitantes, onde a equipe que cuida do paciente pudesse conversar com a família a seu respeito;- O corredor de fundo com a UTI é usado inadequadamente para guardar materiais e instrumentos velhos e fora de uso.4- DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOSNa tentativa de solucionar o maior número de problemas determinados anteriormente, relaciona-se abaixo os objetivos gerais da unidade e os específicos de curto e longo prazo. - Observar e manter as funções básicas da vida;- Cuidar de pacientes graves e agudos recuperáveis;- Preparar, orientar, tanto física como mental, social e espiritualmente ao paciente;- Prestar cuidados específicos aos pacientes, conforme seu estado clínico;- Manter a família informada sob as condições do paciente;- Colaborar com o ensino e a pesquisa para que possa dar melhor atendimento aos pacientes futuros;- Promover cuidados essenciais de enfermagem para evitar a propagação de infecção- Adquirir respiradores eficientes e modernos para todos os leitos; é importante para garantir a boa assistência ventilatória a todos os pacientes, pensando-se inclusive na possibilidade de todos os pacientes estarem necessitados de um respirador eficiente. O hospital deve acompanhar a tecnologia moderna, buscando sempre a melhoria da qualidade da assistência ao cliente.- Solicitar a troca das portas dos armários; a aparência é um fator de extrema importância para o hospital. E o caso não se trata apenas de aparência, pois a função está prejudicada, já que os puxadores foram arrancados.- Solicitar o conserto das luminárias móveis dos leitos cujas mesmas se encontram estragadas; as luminárias são necessárias para pequenos procedimentos cirúrgicos, como a punção de subclávia, por exemplo, e devem, portanto estar presentes e funcionantes em todos os leitos da unidade.- Substituir todos os suportes de soro por suportes de fixação no teto; esses suportes diminuiriam o risco de contaminação para os pacientes, aumentando sua segurança.- Providenciar para a unidade aquisição de maior numero de estetoscópios e esfignomanômetros; o ideal é que se tenha um exemplar de cada um desses aparelhos por leito, para melhor controle de infecção.- Fazer reuniões com a equipe médica e de enfermagem a fim de melhorar o tratamento dos pacientes; os pacientes devem ser tratados com mais humanização. A equipe médica os trata freqüentemente como patologias, e passam a visita sem ao menos cumprimentar o paciente ou chamá-lo pelo nome. Na reunião deverá ser tratada outra questão como a lavagem de mãos após tocar cada paciente, para evitar infecção cruzada.- Solicitar o aumento do quadro de enfermeiros para cobrir a necessidade da unidade;- Fazer minicurso de reciclagem de técnicas e práticas de com todo o pessoal de enfermagem; isso se faz necessário para o melhoramento de técnicas que possam estar sendo feitas incorretas, ressaltando a importância do uso do E.P.I. e também do descarte correto dos pérfuro-cortantes para evitar acidentes de trabalho. - Solicitar que a funcionária da limpeza fique responsável apenas pelo serviço na UTI; por ser uma área crítica, a unidade necessita de um funcionário exclusivo para sua limpeza, que fique à disposição todo o tempo inclusive para limpezas emergenciais.- Fornecer curso de aprimoramento de técnicas para a funcionária da limpeza;- Providenciar o conserto do sistema de ar condicionado; é importante para melhorar as condições de trabalho de toda a equipe da UTI, visto que é um local quente, sem ventilação e a roupa usada pela equipe também é muito quente.- Informar à diretoria geral da necessidade de uma reforma no ambiente para fazer a manutenção das paredes danificadas; paredes limpas e bem conservadas e sem manchas dão um ar de lugar seguro aos pacientes e funcionários. - Criar um banheiro para pacientes capazes de deambular; esses pacientes não precisariam passar pelo incomodo do uso de comadres, compadres e do banho no leito se pudessem ter acesso a um banheiro. - Providenciar um local adequado para guardar os instrumentos e equipamentos que estão fora de uso na unidade; o depósito incorreto desses materiais pode provocar o aparecimento de insetos e roedores no local, bem como contribuir para a falta de higiene no local, pois o mesmo não sofre a limpeza diária.PRIORIDADES:1- Ter uma funcionária da limpeza responsável exclusivamente pela área da UTI. Hoje em dia, a higiene é ainda identificada com conceitos de limpeza, esterilização e desinfecção e, na prática, com o uso de sabões, alvejantes e desinfetantes. Já o conceito de controle da infecção refere-se principalmente à eliminação de fontes de infecção e à não-disseminação de microorganismos, seja em ambientes de cuidado primário ou terciário. A maneira como vivemos atualmente acentua a necessidade de controle mundial de infecções e se torna uma questão de vida ou morte."Entre os profissionais, é unânime a opinião de que a falta de qualidade na higienização ode comprometer o trabalho da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Foi por esse motivo, principalmente, que se tornou comum no quadro funcional das empresas prestadoras de serviços a presenças do profissional de enfermagem, conhecedor das normas necessárias para limpeza de um ambiente hospitalar, sem expor a saúde do paciente" (JEPSEN, 1997; MARTINS, 2001).É na preocupação com uma higienização eficaz do ambiente da UTI e com a prevenção de infecção hospitalar que torna-se prioridade que a pessoa responsável pela limpeza da unidade seja unicamente delegada para tal função. A roupa utilizada pela funcionária para limpeza da UTI é a mesma que ela utiliza para limpeza de outros setores do hospital, como a portaria, por exemplo. Isso se torna uma fonte imensa de contaminação uma vez que traz para a UTI microorganismos vindos de fora da unidade, de locais muito contaminados. Uma vez que a funcionária limite seu trânsito apenas à unidade alvo (UTI), serão reduzidas as chances de contaminação do ambiente, facilitando o controle das atividades da mesma.2- Melhorar a comunicação de toda a equipe com o paciente.A comunicação satisfatória entre o paciente e a equipe multiprofissional que o cerca é uma preocupação constante e importante na humanização da assistência.STEFANELLI (1981) destaca a habilidade de comunicar-se com o outro como uma das qualidades importantes para o enfermeiro, que deve demonstrar sensibilidade à comunicação não-verbal e ter capacidade de ouvir atentamente, sabendo o que falar e quando falar, em linguagem clara e acessível.A comunicação é um processo imprescindível da assistência de enfermagem. Para SILVA; CARVALHO (1993),"...a qualidade e quantidade de assistência prestada ao paciente dependem, em grande parte, da influencia dos processos de comunicação usados no setor trabalho" SILVA; CARVALHO (1993).Podemos identificar na afirmação anterior que é indissociável a comunicação da qualidade da assistência.Acontece freqüentemente que o paciente da UTI. está impossibilitado de se comunicar verbalmente ou mesmo através de escrita, por motivos como entubação, afasia ou efeito de drogas. O fato de não poder se expressar muitas vezes o faz mudar o comportamento, desde a passividade, à indiferença ata a agressividade.Sua ansiedade cresce quando vê seu corpo exposto, manuseado pelo pessoal médico e de enfermagem, que por pressa ou desinteresse se esquece de lhe dar uma explicação prévia ou de atuar com maior cuidado. É atingido em sua auto-estima quando vê subjugado por todos que se aproximam do seu leito e que, sem pedires seu consentimento, executam suas tarefas, introduzindo-lhe sondas e cateteres, expondo seu corpo sem considerarem seu pudor.Antes de tudo e de qualquer procedimento o paciente deve ser tratado com respeito, como pessoa e não referido como se fosse a patologia que o acomete. Um sorriso, um bom cumprimento, relacionamento de empatia fazem parte do tratamento adequado que o paciente deve receber, e é obrigação de todos colaborar para a humanização da assistência na UTI.3- Aumentar o quadro de enfermeiras para atender às necessidades da unidade.A (Organização Mundial de Saúde) OMS estipula um padrão a respeito do pessoal: uma enfermeira para até quatro pacientes.Esse padrão estabelecido deve ser respeitado, principalmente por se tratar de pacientes cujo estado de saúde é delicado, necessitando de cuidados integrais e de qualidade.A contratação de mais enfermeiros seria vantagem tanto para o paciente quanto para a instituição. Para o primeiro porque melhoraria a qualidade da assistência, uma vez que o tempo demandado para as tarefas ligadas ao paciente seria maior, pela redução do número de leitos por funcionário; para a instituição a vantagem está em reduzir os agravos de saúde preveníveis e diminuição do tempo de permanência do paciente na unidade, uma vez que a assistência passaria a ser mais qualificada.5- SELEÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEISRECURSOS HUMANOS:A UTI da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia conta hoje com apenas uma enfermeira que se responsabiliza por toda a unidade e pela equipe de enfermagem. Em cada período trabalham 6 funcionários, técnicos de enfermagem. O serviço é dividido por leito. Cada funcionário fica responsável por dois leitos, sendo 12 o número total de leitos. Porém a enfermeira supervisora da unidade trabalha do período da manhã com o recebimento do serviço (passagem de plantão) até as 16 horas. Portanto no período noturno e nos finais de semana o posto fica sem a supervisão da enfermeira. Daí a necessidade de aumentar o quadro de funcionários.Ainda nos recursos humanos podemos mencionar que periodicamente estudantes de enfermagem e de medicina utilizam a unidade como campo de estágio, ajudando, portanto, no serviço de assistência ao paciente.Para a limpeza da unidade tem-se uma funcionária que não é exclusiva da unidade.Dois maqueiros "servem" todo o hospital em cada plantão.Para a realização dos objetivos priorizados pode-se utilizar como recurso a sala de reuniões do hospital, para a realização dos minicursos necessários, ou para as palestras, debates a respeito dos temas selecionados (Comunicação com o paciente, higienização hospitalar). Para que a higiene da UTI seja melhorada, pode-se aumentar a quantidade de materiais como baldes e panos, pois esses recursos materiais se encontram disponíveis na unidade. Para a redação de memorandos para solicitar a contratação de mais funcionários podemos utilizar o computador disponível na unidade.6- ESTABELECIMENTO DO PLANO OPERACIONALObjetivos estratégicos:- Observar e manter as funções básicas da vida;- Cuidar de pacientes graves e agudos recuperáveis;- Preparar, orientar, tanto física como mental, social e espiritualmente ao paciente;- Prestar cuidados específicos aos pacientes, conforme seu estado clínico;- Manter a família informada sob as condições do paciente;- Colaborar com o ensino e a pesquisa para que possa dar melhor atendimento aos pacientes futuros;- Promover cuidados essenciais de enfermagem para evitar a propagação de infecção;- Adquirir respiradores eficientes e modernos para todos os leitos;- Solicitar o conserto das luminárias móveis dos leitos cujas mesmas se encontram estragadas;- Providenciar o conserto do sistema de ar condicionado;- Criar um banheiro para pacientes capazes de deambular; - Providenciar um local adequado para guardar os instrumentos e equipamentos que estão fora de uso na unidade; Objetivos tático-operacionais:- Solicitar a troca das portas dos armários; - Substituir todos os suportes de soro por suportes de fixação no teto;- Providenciar para a unidade aquisição de maior numero de estetoscópios e esfignomanômetros;- Fazer reuniões com a equipe médica e de enfermagem a fim de melhorar o tratamento dos pacientes;- Solicitar o aumento do quadro de enfermeiros para cobrir a necessidade da unidade;- Fazer minicurso de reciclagem de técnicas e práticas de com todo o pessoal de enfermagem;- Solicitar que a funcionária da limpeza fique responsável apenas pelo serviço na UTI;- Fornecer curso de aprimoramento de técnicas para a funcionária da limpeza;- Informar à diretoria geral da necessidade de uma reforma no ambiente para fazer a manutenção das paredes danificadas;7- DESENVOLVIMENTODurante todo o período de estágio, compreendido entre os dias 11/03/02 a 04/04/02 busquei a compreensão do que seria necessário para a resolução de alguns dos problemas observados.Notei que a prevalência da burocracia atrapalha o desenvolvimento adequado da manutenção, pois para a solicitar o serviço, muitas vezes é necessário a redação de memorandos. Minha preocupação com a lavagem de mãos foi constante. Providenciei um cartaz que foi colocado em local visível para que todos também pudessem despertar maior interesse por essa prática.Conversei com alguns funcionários em momento que julguei oportuno, sobre vários assuntos como o uso do EPI, sobre a anotação de enfermagem, fiz orientação e encaminhamento à CCIH em um caso de acidente (funcionária da limpeza). Também orientei quanto ao cuidado de enfermagem adequado, fiz algumas prescrições de enfermagem que não eram de rotina, mas que julguei adequadas e necessárias para alguns pacientes.Discuti com a enfermeira Maria Augusta, responsável pela unidade, a necessidade da exclusividade de uma funcionária da limpeza que fosse exclusivamente responsável pelo serviço na UTI, e obtive seu apoio, pois trata-se de uma pessoa competente, aberta ao diálogo e ciente desta necessidade.Devido ao curto período de estágio, não foi possível desenvolver outras atividades planejadas neste trabalho.8- CONCLUSÃOA realização deste trabalho foi de extrema importância para o aprendizado da Administração em Enfermagem como um todo. Pude perceber também que é de suma importância para o enfermeiro, estar embasado cientificamente em tudo o que for fazer ou dizer, em sua vida profissional, pois é isto que o diferencia dos demais profissionais de da categoria. Ainda não será possível ver o resultado deste trabalho posto em prática na realidade, pois foi curto o tempo de permanência em campo de estágio o que limita as ações dos alunos da graduação em enfermagem em sua maioria. Por essa razão não foi possível discorrer sobre as fazes de desenvolvimento e aperfeiçoamento.9- BIBLIOGRAFIAMAXIMIANO, Antônio Cezar Amaru; Introdução à administração - 4a ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1995. 476p.JEPSEN, O. B. World-wide importance of infection control. Research and Clinical Forums. V.19, n. 6, p. 9-17, 1997.MARTINS, M. A. Manual de Infecção Hospitalar: epidemiologia, prevenção e controle. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001. 1. 116p.KURCGANT, Paulina, et. al. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. 237p.SILVA, R. F. da CARVALHO. E. C. de. A comunicação administrativa escrita na enfermagem. Rev. Paul. Enf. V. 12, n. 1, p. 43-8, jan/abr., 1993.STEFANELLI, M. C. Importância do processo de comunicação na assistência de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP., São Paulo, v. 15, n. 3, p. 239-245, 1981.

MOBILIDADE FISICA PREJUDICADA

COMO EU CUIDO DE MOBILIDADE FÍSICA PREJUDICADA NA UTI:
ESTUDO DE CASO[1]

Érica Kaulino dos Reis[2]
Geiza Viegas da Costa[3]
Isabel Cruz[4]

RESUMO: Este estudo vem abordar a problemática de paciente acamado, com restrição ao leito da UTI, tendo sua função motora prejudicada pela patologia e terapêutica implementada. Com o objetivo de provocar a reflexão sobre a prática desenvolvida a partir deste diagnóstico de enfermagem, mobilidade física prejudicada, a fim de concentrar-se no fortalecimento e na restauração da função, assim como na prevenção da deterioração. Utilizamos observação direta do cliente, utilizando o instrumento de coleta de dados Processo de Enfermagem em UTI, tendo em vista que aspectos éticos para coletar os dados foram observados e autorizados. Consideramos de alta complexidade a atuação da enfermagem com pacientes restritos ao leito, devido à diminuição do espaço físico e sobretudo nas limitações impostas pela sua patologia. Sabemos que o trabalho deve ser de uma equipe multidisciplinar.

INTRODUÇÃO
De acordo com a definição de CARPENITO 1 “Mobilidade Física Prejudicada: estado em que o indivíduo apresenta, ou está em risco para apresentar limitações do movimento físico, sem estar imóvel.”, demos destaque a este diagnóstico para o estudo de caso, porque observamos que um número considerado de pacientes submetidos ao tratamento em unidade de terapia intensiva é portador deste diagnóstico , ou definitivamente, ou provisoriamente enquanto permanecem no setor. Obrigatoriamente, a terapêutica na UTI leva os pacientes a serem submetidos às restrições motoras, em função das acomodações e aparelhagens instaladas para monitorização destes indivíduos.
Este estudo tem como objetivo desenvolver tanto a habilidade de metodologia da assistência quanto da aplicabilidade da pesquisa bibliográfica.

METODOLOGIA
O estudo de caso é relacionado a uma paciente internada na UTI, no período de 25/10 à 11/11/00. O instrumento de coleta de dados Processo de Enfermagem em UTI, criado pela Dra. Isabel Cruz, foi utilizado. Neste estudo destacamos o diagnóstico de enfermagem Mobilidade física prejudicada devido a paciente apresentar restrições de movimentos no leito por imposição da própria patologia e pela conduta terapêutica, tais como grades e aparelhos instalados.
HISTÓRICO
A.P.S.; 57 anos; branca; viúva; 2 filhos; do lar; 1º grau incompleto; brasileira; admitida neste serviço em 25 de outubro de 2000, proveniente de uma clínica em outro município, acompanhada de seu filho. Lúcida, orientada no tempo e no espaço, cooperante; hipocorada; hipohidratada; dispnéica (30 irpm); taquicárdica (130 bpm); hipertensa (130 X 90 mmhg); febril (38º C). Emagrecida, porém, com bom aspecto de higiene; úlcera de pressão grau I em região sacro-coccígena sem sinais flogísticos; tórax simétrico; extremidades quentes e pulsos periféricos presentes. Força muscular mantida nos MMSS, discreta paresia à direita. Murmúrios vesiculares audíveis com roncos esparsos. Abdome flácido, indolor sem viceromegalias. Genitália com presença de escoriações. MMII sem edema, panturrilhas livres.
Entubada, com SNE para suporte nutricional, acesso venoso profundo em subclávia direita, sonda vesical de demora com baixo débito urinário. Foi acoplada à prótese ventilatória (EVITA), o que reduziu a FR para 16 ipm. SPO2=98%. Glicemia capitar de 478 mg/UI. Instalado dripping de SF 0,9% + Insulina regular e SG 5% + KCE 10% - 20ml. Ao ECG apresenta taquicardia sinusal.
Paciente portadora de Diabetes Mellitus, AVE prévio (mais ou menos 1 ano); hipertensão arterial e HIV positivo com vida sexual ativa não apresentando alergia medicamentosa ou alimentar (SIC). Fazia uso no domicílio de Daonil 5mg; Captoril 150 mg/dia; Atenol 100 mg/dia; Aldomet 750 mg/dia e Exit (Paracetau e Amarizil) segundo o relato do filho. Relata também que no seu domicílio saneamento básico. Não é tabagista e nem etilista. Família presente e cooperante.
DIAGNÓSTICOS
Foram observados além do diagnóstico prioritário, outros diagnósticos de enfermagem.
1- Senso-percepção alterada: A cliente atende com gestos por apresentar-se entubada;
2- Troca de gases prejudicada: Apresenta-se sonolenta e com inabilidade para remover secreções;
3- Déficit de auto-cuidado, higiene corporal e íntima: A clente apresenta incapacidade para movimentação, diminuição da força muscular e restrição imposta pela terapêutica;
4- Nutrição alterada, ingesta menor que as necessidades: A cliente apresentou perda de peso, diminuição do tônus muscular, peristalse aumentada;
5- Diarréia: Ao reintroduzir a dieta oral, a cliente apresentou freqüência fecal aumentada e fezes líquidas;
6- Comunicação verbal prejudicada: Apresentou dificuldade em manter padrão de comunicação por estar entubada;
7- Potencial para infecção: Defesa primária insuficiente (solução de continuidade), defesa secundária insuficiente (leucopenia). Doença crônica como Diabetes Mellitus e procedimento invasivo, feito do setor de internação, como cateterismo vesical, entubação e punção venosa profunda;
8- Integridade da pele prejudicada: Apresenta úlcera de pressão grau II em região sacro-coccígena;
PESQUISAS RELACIONADAS AO DIAGNÓSTICO PRIORITÁRIO
Como cita LOPES et al 2 “... nos pacientes acamados normalmente existem uma série de necessidades humanas básicas, as quais na maioria das vezes exigem a assistência sistematizada de enfermagem a fim de satisfaze-los, e uma série de cuidados objetivando evitar complicações.”, como exemplo, podemos citar CARVALHO 3 que, em sua dissertação, concluiu que o “banho de leito é uma situação desagradável em virtude de intrusão física e visual, intrusão de sexo diferente no paciente, eventual substituição do intruso... “
Podemos então avaliar como é importante a atuação correta de enfermagem na prevenção de complicações em pacientes acamados e com restrições ao leito. Observamos que esta necessidade humana básica tem sido afetada diretamente no caso deste paciente.
O paciente com suas atividades restritas passa a depender de outrem para a higiene corporal, para seu conforto e até mesmo para sua auto-estima. Desta forma pode ser que ocorram outras deficiências.
Segundo FIGUEIREDO 4 “... sempre que exista uma situação que favoreça a mobilização.”, portanto será gerada uma complicação.
Lembramos que pacientes com seqüela de AVC, no caso estudado, têm uma diminuição da força muscular gerando dependência de outros, tanto no meio hospitalar quanto no domiciliar. Em DUPAS & PAVARINI 5 “Cuidar parece ser um papel específico e definidor de enfermagem.”, mas, em casos como este, a família é fator essencial para este cuidado e a enfermagem tem como aliada no tratamento destes pacientes. A família deve sempre estar orientada e sendo orientada a evolução deste paciente.
Muitas vezes, somos obrigados a fazer a contenção de pacientes mais agitados e principalmente quando estes dependem de prótese ventilatória. Conseqüentemente nós somos os agentes de imobilização deste paciente ao leito. CAVALCANTE & HUMEREZ 6 descreve que “As manobras de contenção, quando utilizadas de maneira consciente, e portanto, com finalidade terapêutica, poderão ajudar a pessoa internada em ambiente desconhecido a diminuir o nível de ansiedade...”
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
1- Realizar exercícios passivos nos membros afetados.Fazer os exercícios lentamente, para permitir que os músculos tenham tempo de relaxar e apoiar extremidades acima e abaixo da articulação para prevenir lesões nas articulações e nos tecidos;
2- Durante os exercícios, os braços e as pernas do cliente devem ser movimentados delicadamente no limite de sua intolerância à dor e realizar o exercício lentamente, permitindo o relaxamento muscular;
3- Ensinar o cliente a realizar exercícios ativos nos membros não afetados, no mínimo quatro vezes por semana;
4- Apoiar as extremidades com travesseiros, para evitar ou reduzir o edema;
5- Posicionar em alinhamento para prevenir complicações.
Usar apoio para os pés;
§ Evitar períodos prolongados sentado ou deitado na mesma posição;
Mudar a posição das articulações do ombro a cada 24 horas;
Apoiar a mão e o punho em alinhamento natural;
Usar talas de mão e pulso.
6- Proporcionar mobilização progressiva;
Auxiliar lentamente para a posição sentada;
Permitir que as pernas fiquem suspensa sobre a lateral da cama por alguns minutos antes de ficar em pé;
Limitar em 15’, três vezes por dia as primeiras saídas da cama;
Aumentar o tempo fora da cama em 15’ conforme o tolerado;
Evoluir para a deambulação com ou sem auxílio;
Encorajar a deambulação por períodos curtos e freqüentes;
Aumentar progressivamente as caminhadas a cada dia.
7- Implementar as precauções de segurança;
· Proteger as áreas com sensibilidade diminuída dos extremos de frio e calor;
· Praticar a subida de escadas, se as condições da pessoa permitirem;
· Orientar quanto às complicações da imobilidade:
1- Flebite;
2- Escara de decúbito e
3- Comprometimento neurovascular.
8- Auxiliar nos cuidados diários como higiene geral, vestir-se, alimentar se.
PESQUISAS RELACIONADAS À TERAPIA DE ENFERMAGEM
O processo de enfermagem, implica numa implementação de cuidados de enfermagem de modo que o trabalho seja executado dentro de um protocolo direcionado para todos os diagnósticos avaliados pela enfermeira. Como coloca OLIVEIRA LOPES & LEITE DE ARAÚJO7 “...nos modelos configuran la base conceptual que nortea todo el proceso de cuidado en la enfermería, proporcionando una reflexión en términos de acción, evaluación y auto-avaliación.”
No trabalho de avaliação física devemos considerar pelo menos cinco necessidades básicas: oxigenação, nutrição, eliminação, atividade e reposo e proteção dos pacientes com mobilidade física prejudicada. GLASHAN8 em pesquisa realizada em ala geriátrica de um Hospital Geral Universitário –na Grande São Paulo, “... após a realização do exame físico do paciente, as principais orientações fornecidas ao idoso e a equipe de enfermagem relacionavam-se à mobilidade e prevenção de incapacidade. O tempo de internação variou de 1 à 44 dias e, a pessoa destinada a cuidar do idoso, após alta era o próprio familiar.” Desta forma percebe-se que a orientação de enfermagem é de suma importância para paciente, família e instituição hospitalar.
OLIVEIRA LOPES & LEITE DE ARAÚJO7 comenta “Una revisión constante de la práctica de enfermería se hace necesaria, en la medida que al avanzar de la profisión exige un análisis de su desempeño diario, buscando contribuir para la mijora de la misma.”
As atividades de enfermagem são direcionadas para evitar posturas inadequadas que contribuam para lesões do sistema músculo-esquelético e contribuindo para a preservação da boa mecânica corporal.
ASPECTOS RELACIONADOS AO DIAGNÓSTICO/TERAPIA QUE PRECISAM SER PESQUISADOS
Observamos que a própria conduta terapêutica leva a paciente a restrição física, tanto pelo espaço físico da UTI quanto dos próprios protocolos da unidade. Os pacientes têm participação mais passiva do que ativa nas suas mobilizações e as técnicas de reabilitação deveriam já serem iniciadas nas unidades, preservando a força muscular, principalmente em pacientes que tem diminuição da força muscular provisória, tendo sua recuperação mais rápida.
Segundo BARCA DURÁN 9 “Las técnicas de movilización de pacientes con discapacidades físicas vienen recogidas en los protocolos están estandarizados y no siempre son efectivos para todos los pacientes.”
Portanto, a cada caso, abre-se uma janela para novas pesquisas e novos protocolos.
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Paciente deu entrada na Casa de Saúde no dia 11/10/00, com quadro clínico de queda do nível de consciência, torporosa e plégica à direita. Hipertensa, diabética II. Apresentou melhora rápida em seu estado após início de hidratação venosa e reposição de glicose, e oxigenoterapia. Seqüela de AVE (de mais ou menos 1 ano), sem seqüela motora, com labilidade emocional. Feito TC que apenas mostrou enfartos vertebrais ECO Doppler de carótidas (13/10) e mostrou apenas ateromatoses sem obstrução ou diminuição do fluxo nas artérias. Evoluiu com queda do estado geral. Taquipnéica. Iniciado Rocefim 1g. 12/12h.
Apresentou episódios de taquipnéia e hipertensão de difícil controle, broncoespasmo difuso e intenso que apresentou resposta a Aerolin/Aminofilina (14/10). Permaneceu 11 dias no CTI entubada no respirador volumétrico Bird 6400 (CSA). Ao RX Pneumonia intersticial atípica.
Admitida no HCN, entubada, lúcida, orientada, cooperante, hipocorada, anictérica, hipohidratada. Com acesso venoso profundo em subclávia direita, sonda vesical de demora e sonda nasoentérica. Foi acoplada a prótese ventilatória EVITA. Monitorização cardíaca contínua. Balanço hídrico rigoroso. Iniciada fisioterapia respiratória e motora. Apresentou em sua estada no CTI picos hipertensivos, com pouca resposta aos medicamentos. Desmame da prótese ventilatória difícil, evoluindo então para traqueostomia e biópsia pulmonar a céu aberto, drenando derrame pleural. Ao exame de HIV, resultado positivo. Teve boa resposta aos antibióticos Zoltec e Bactrim evoluindo então para a melhora da infecção pulmonar e desmame do respirador . Mantida então em macronebulização contínua. Retirado acesso venoso profundo e puncionado veia periférica. Teve alta do CTI indo para o quarto dia 11/11. Permanece no quarto sem O2 de suporte, porém ainda secritiva. Dia 16/11, deu os primeiros passos e permaneceu sentada fora do leito.
Retirada sonda vesical e mantida sonda nasoenteral para suporte alimentar. Úlcera de decúbito em fase de cicatrização. Curativos sendo feitos com DERSANI. Paciente já se vira no leito sozinha e fica de pé com auxílio, firme, sem demonstrar fraqueza nos MMII. Retirada cânula de traqueostomia e sonda nasoenteral. Alimentando-se por via oral com boa aceitação da dieta. Dia 25/11 paciente teve alta do hospital indo para seu lar, acompanhada de seu filho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, observamos e constatamos que de acordo o diagnóstico de enfermagem mobilidade física prejudicada, todo o empenho da equipe de enfermagem será desconsiderado se não houver atuação da equipe multidisciplinar, principalmente da fisioterapia.
Poucos estudos foram encontrados abrangendo esta necessidade, no entanto constatamos que um grande número de pacientes que passam pela UTI é portador deste diagnóstico e se fazem necessárias pesquisas mais efetivas para colaborar com a terapia de enfermagem nestes casos, especialmente apresentadas por enfermeiros que vivenciam estes problemas diariamente. Ao contrário do que se vê, é uma enfermagem preocupada com as conseqüências, esquecendo-se da causa base.
De acordo com FIGUEIREDO 10 “O cuidado é aparentemente algo objetivo, pois a ação e os procedimentos que o envolvem é concreta, o que ainda não conseguimos provar é que ela provoca reações e respostas biológicas que contribuem para a cura da doença ou para manter a saúde.”
Devemos valorizar a prática de enfermagem, mas sobretudo a prática elaborada com fundamentos científicos e com análise dos resultados esperados que teremos através do processo de enfermagem.
Segundo FERRAZ 11 “A assistência de enfermagem com a utilização do Processo de Enfermagem, mostrou-se significativamente mais eficiente na resolução dos problemas físicos dos pacientes que o método tradicional da assistência de Enfermagem.”
Em suma, o processo de enfermagem quando aplicado traz resultados positivos para ambos, tanto ganha o paciente quanto à enfermagem.
ABSTRACT: HOW I TAKE CARE OF IMPAIRED PHYSICAL MOBILITY AT THE INTENSIVE CARE UNITY - A CASE STUDY
This study approaches the problem of the patient in bed. Restricted to the UTI’s bed having his motion function damaged by pathology and the applied therapeutic. Focusing on provoking a reflection on the developed practice from this nursing diagnosis, damaged physical mobility in order to concentrated on the strengthen and on the restoration of the function, as on the prevention of the deterioration. We used a direct observation of the client interned on the UTI of HCN from 25/10/00 to 11/11/00 the gathering data instrument the nursing process in the UTI, focusing on the ethical aspects to gather data that were authorized and observed. We considered the nursing performance high complexity function when dealing with patients in bed due to the shinkage of the physical space and above on the limitation required by their pathology. We know that the work must be done by a multidiscipline staff.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- CARPENITO, L.J. Diagnóstico de enfermagem: aplicação clínica. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
2- LOPES, C.L.R. et al. Percepção dos pacientes, sem capacidade para auto cuidar-se sobre a operacionalização do banho no leito. R. Bras. Enferm., Brasília, v.49, n.2, p.259-266, abr./jun. 1996.
3- CARVALHO, D.V. Intrusão física e visual no espaço pessoal do paciente hospitalizado acamado. 1977. 98 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo.
4- FIGUEIREDO, N.M.A.de at al. O toque no corpo e a prevenção de escaras. R. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, p. 71-80, 1996. Edição especial.
5- DUPAS, G.; PAVARRINI, S.C.I. O processo de cuidar em enfermagem: com a palavra os enfermeiros de uma instituição hospitalar. Acta Paul. Enferm., São Paulo, v.12, n.2, p.73-84, maio/ago. 1999.
6- CAVALCANTE, M.B.G.; HUMEREZ, D.C. A contenção na assistência de enfermagem como ação mediadora na relação enfermeiro-paciente. Acta Paul. Enferm., São Paulo, v.10, n.2, p.69-73, maio/ago.1997.
7- OLIVEIRA LOPES, M.V. de; LEITE DE ARAÚJO, T. Adaptación física según Roy: una revisión conceptual. Enfermería Integral, Valencia, n.49, p. 20-24, abr./jun. 1999.
8- GLASHAN, R.A.; SANTOS, M.C.; OLIVEIRA, A.P. Perfil do idosos internado em unidade clínica de um hospital geral da Grande São Paulo, com vistas à enfermagem. Acta Paul. Enferm. São Paulo, v.12, n.2, p.94-106, 1999
9- BARCA DURÁN, J. Et al. Mecánica corporal en los traslados de diminuidos físicos. Enfermería Integral, Valencia, n.38, p. 34-35, Sep./Dic., 1996.
10- FIGUEIREDO, N.M.A. de. A mais bela das artes... O pensar e o fazer da enfermagem: bases teóricas e práticas para uma teoria do cuidado conforto. 1997. 170 f. Tese (Professor Titular) – Centro de Ciências Básicas da Saúde, Universidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.11- FERRAZ, A.F. Análise da comunicação enfermeira-paciente em hospital geral., 1991. 118 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paul
[1] Trabalho de conclusão do curso de especialização de Enfermagem em Cuidados Intensivos/UFF.
[2] Enfermeira – Hospital de Clínicas - Niterói
[3] Enfermeira – Hospital Geral do Ingá – Niterói - RJ
[4] Orientadora e coordenadora do curso. Doutora em Enfermagem. www.uff.br/nepae

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